quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Viva a liberdade de expressão!

''O tempo passa muito rápido, diante do computador então nem se fala. É incrível, sempre chego em casa com a ideia de apenas checar meus e-mail e depois ir estudar, malhar etc, mas não resisto e me prendo noite adentro navegando na internet, no meu mundo .''
''No meu mundo'', essa expressão faz referência a uma vida pessoal, uma vida ''digital'' além da real, que tem por base o grupo, se socializar,pois o ser humano não é capaz de ser solitário e totalmente independente.
Desde da hora em que se nasce até a hora em que se morre, precisamos de alguém para nos apoiarmos e a partir daí viver. O coletivo esta enraizado desde os primórdios da existência do homem e permanece claramente nos tempos de hoje.
Com o ''boom'' das mídias sociais, '' limite entre o publico e o privado mudou''( Artigo publicado originalmente na coluna “Pensamento Digital” do portal JumpExec em 14/01/2008).
Os jovens veem as redes sociais como uma extensão de seu próprio quarto, pois ali se consideram seguros, confortáveis, é um ambiente familiar escolhido por eles mesmos. A disposição de cores, imagens, sons, tudo esteticamente fica do jeito que se quer, refugiando-se ali, dos problemas e deveres do dia-a-dia, pois o meio digital possibilita uma abertura da mente para o magico, para o maravilhoso, o mundo que ele sonha em viver. Tudo é perfeito na internet, cores, brilhos, movimento, sensações, tudo em um só lugar, tudo o que o mundo real não disponibiliza, ocorrendo a preferencia do seu ''mundo perfeito''. A consequência desse movimento é a ausência de laços afetivos.
A substituição do tempo dedicado à família é feita pela vontade, pelo desejo de estar on-line conectado com todos, os jovens assim perdem o momento de crescerem como mentes atuantes com princípios e virtudes passados pelos pais, construindo um repertório e formando sua própria opinião e visão de mundo. Ao envés de estarem se construindo, estão se maquiando, apenas se dedicando ao superficial, a estética, e não ao conteúdo, repertório adquirido, deixando supérfluos como ter o desejo de que todos vejam e opinem sobre a vida de cada um e saber o que opinam, acontecerem.
Esse encantamento é consequência de um estudo do comportamento do ser humano e do consumidor, que sabe bem o que atrai e o que distrai a sociedade. Essa febre da busca por identificação, de quem se é o que se deve ser, gera uma preocupação por parte das pessoas de manterem-se ''pop'' no meio digital e é natural pois é uma carência a ser suprida que faltou da relação entre pais e filhos, e com as informações sendo dissipadas pela web, tudo é rápido e muito cheio de conteúdo e beleza, todos sabem como encantar o consumidor, porém vão tão longe chegando ao ponto de saturar de tanta informação, perdendo-se assim a ânsia pelo novo, pelo desconhecido, porque não se sabe em que deve se dar a devida atenção, pois ao mesmo tempo que o falso é bonito, o verdadeiro também,''tudo em exagero faz mal''.
A solução é, como chamar atenção sem deixar de cair no convencional! A resposta é interação. A carência dos internautas por se sentirem importantes, especiais, diferentes e atuantes é extrema, portanto deve-se deixar ele interagir expondo suas ideias em campanhas publicitarias, virais e mostrando para o mundo de uma maneira mais interessante quem você é e a sua posição diante do produto/mercado/ empresa, do que apenas atualizar seu perfil, o consumidor vai ser um formador de opinião atuante no mercado, tem coisa melhor? Viva a liberdade de expressão!

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